domingo, 9 de novembro de 2008

Fusão e confusão.

Foi anunciado no dia 3 desse mês a fusão entre os bancos Itaú e Unibanco. De acordo com ambas as empresas, essa fusão foi feita com o objetivo de se tornar a maior aliança financeira do Hemisfério Sul, entrando entre as maiores 20 do mundo (de acordo com o seu valor de mercado). Seus respectivos presidentes alegam que a junção aconteceu em um momento favorável e que aspiram entrar no cenário global com eficiência. Outro fator citado foi que, não haverá demissões ou cortes e que futuramente, o número de funcionários deve aumentar. As agências de ambos os bancos não serão fechadas e permanecerão em funcionamento.
E agora que vem a confusão... todos nós sabemos que quem atende o Itaú é a agência África, e quem atende o Unibanco é a Fnazca. E agora? Depois do belo "debate" entre nossos digníssimos publicitários Nizan e Fabio, será possível trabalhar em conjunto? Creio que essa fusão veio no momento exato para se criar uma confusão. Só quero ver as propagandas que virão após a junção desses bancos.
Intrigante... interessante! Estou bastante curiosa.

Um fator decisivo: princípio ou profissionalismo?

Assisti a um documentário chamado "Corporation", em português "Corporação", em uma aula de ética e legislação publicitária. O filme me deixou espantada com tantas coisas que são feitas por "debaixo dos panos". É mostrado nitidamente, o quanto essas corporações não se importam com a sociedade, com o meio ambiente e principalmente, com seus "funcionários". Essas grandes empresas, como por exemplo a Nike, procuram por mão-de-obra barata. Ou seja, elas se instalam em países subdesenvolvidos onde o nível de desemprego é alto e o salário é baixo e "suficiente"(pelo o menos para se alimentar). Eles empregam pessoas com menos de 18 anos e o custo de suas fabricações é em torno de o,o6 centavos por hora. Não existe nenhuma preocupação para com essas pessoas, e quando o "salário" começa a "inflacionar", eles simplesmente mudam a sua fábrica para outro país. Chega a ser desumano! E não preciso nem mencionar a falta de responsabilidade social e ambiental, onde eles são um dos principais contribuidores para esse caos que o mundo está se tornando.
Agora eu penso: tudo o que essas organizações fazem vai contra a todos os meus princípios e valores. E se eu, como publicitária, precisasse criar uma propaganda para anunciar os produtos da Nike sabendo como essa grande empresa contribui para o mundo em que vivemos.
E aí é que eu me pergunto: devemos deixar os nossos princípios e valores de lado para sermos um bom profissional?
Bom, essa é uma questão do tipo "você só saberá a sua reação quando acontecer com você". Eu só sei como irei agir quando algo do gênero aparecer na minha porta. Enquanto isso, não posso dizer a vocês que eu recusaria ou aceitaria um trabalho para uma corporação. Mas é importante as pessoas pensarem sobre isso. Seria ético da parte dos publicitários tentar instigar a sociedade a consumir um produto quando sabemos a sua origem?! E se essa resposta for não, eu farei outra pergunta: quando os publicitários deixaram de ser seres-humanos para serem fábricas de dinheiro?! Enfim, por enquanto só perguntas que eu não sei se algum dia serão sequer respondidas. Só acho que nós não devemos nos corromper somente para ganharmos um pedacinho de papel verde.

sábado, 8 de novembro de 2008

Tradição ou inovação? Eis a questão.

Como meu pai já dizia, não é nada bom "cutucar onça com vara curta". Quem cutucou e quem é a onça, eu não posso dizer ao certo. O que sei, é que por mais que tenha sido uma edição muito tendenciosa, nós conseguimos ver claramente que ambos estavam com seus humores bastante alterados. Agora, creio que ninguém tenha entendido o real motivo dessa discussão entre esses dois grandes publicitário: Nizan Guanaes X Fábio Fernandes. Seria uma briga entre os egos?! É possível perceber no "debate" no MaxiMídia que eles não estavam mais ali com o propósito inicial.. cada um estava defendendo o seu ponto de vista e sua respectiva empresa, mas claro, não da maneira mais apropriada. Para mim, o Nizan é um ótimo publicitário e principalmente, um ótimo empreendedor. Ele é uma pessoa que eu admiro, por sua criatividade e competência.. mas não seria uma boa hora para ele, principalmente nessa época de crise, deixar a tradição de lado e começar a inovar?! Atualmente, a tradição (comparada com a inovação) tem se tornado cada vez mais arcaica e obsoleta. E nos dias de hoje, quem não se atualiza, acaba ficando para trás. E é realmente isso que o Fábio acaba defendendo no MaxiMídia, ou seria MaxiRixa?
Acabou que um evento como esse, que é proporcionado para trazer informações e cases de pessoas bem sucedidas, se tornou uma discussão entre dois "cachorros grandes" para saber quem era melhor que o outro.
Segue o vídeo da discussão no MaxiMídia e em seguida uma carta escrita por Fábio Fernandes, na íntegra.
Deixo para cada um de vocês, ver, ler, pensar e julgar.
Beijos


Untitled from fabio x nizan on Vimeo.

Carta do Fábio Fernandes

"Achei que devia escrever a vocês para falar sobre o Maximidia e o debate/embate que eu travei com o Nizan. Acho que não é novidade para os mais próximos e os nem tão próximos que tenho diferenças profundas, quase religiosas, na visão sobre o que é e o que deve ser o negócio, o objetivo do trabalho, a missão, os processos, a forma e o conteúdo do produto final de uma agencia de propaganda, em relação ao dito personagem - pra mim, uma caricatura de ser-humano, dublê de político populista e novo-rico deslumbrado, comediante de frases de efeito repetidas à exaustão, arremedo de empresário anti-ético e criativo anti-estético.

Nunca escondi - nem dele - que o acho vil, pernicioso à nossa indústria, predador, oportunista, aproveitador, manipulador. Nunca deixei de observar e comentar que todo o tempo em que ele esteve criador, foi um tempo que ele utilizou apenas para forjar um personagem que, com tino e capacidade de observação, o levaria a ter seu próprio negócio, onde ele reproduziria não aquilo que ele almejou como empregado mas, ao contrário, os piores modelos, os piores ambientes internos, piores lugares comuns, entre todas as agencias em que ele trabalhou. Desde que isso, convenientemente, implicasse em fazê-lo mais forte, mais rico, mais poderoso.

Nizan é um caso típico de uma pessoa que quanto mais tem mais quer. E que quanto mais quer menos mede esforços e as consequências nefastas dos atos que ele pratica para ter mais. Ele é o exemplo pronto e acabado da insustentabilidade. Se fosse presidente dos EUA não seria em nada diferente de Bush - só o discurso seria mais engraçado. Mas invadiria o Iraque, deportaria estrangeiros, perseguiria minorias, poluiria a atmosfera, cagaria para o mundo. O que interessa para ele é ele. E por ele, acha ele, que pode, ele, tudo.

Mas a minha questão mais vital em relação a ele, é o fato de que - queira eu ou não - ele se transformou em uma celebridade da propaganda brasileira. Os incautos, os bobos da corte, os novatos, os leigos, os incultos, clientes inclusive, publicitários inclusive, imprensa, principalmente, inclusive, o acham o máximo. E eu, que convivo muito bem com as minhas invejas, meus desencantos, meus fracassos, não teria nada a objetar se ele o fosse de fato.

Portanto não é este, em nenhuma hipótese, o meu problema com ele. O meu imenso, colossal, infinito problema com ele é que, amparado por essa "populariadade", "unanimidade", "superioridade" ele diz o que quer, do jeito e na hora que quer, destruindo o que quer, com voz e pompas de "representante da categoria".

Agencias que produzem trash for cash (ou, lixo por dinheiro, em bom português) existiram e existirão sempre. Na realidade, em boa parte elas até nos ajudam a sermos melhor percebidos como inovadores, originais, cuidadosos, diferentes. O Brasil, entretanto, é o único país do mundo onde a publicidade tem no discurso do seu maior expoente que "o que é bom é feito para ser copiado", "propaganda criativa é bobagem", "eficiência é o contrário de originalidade", ou as pérolas que ouvimos no próprio Maximídia "momento de crise não momento de inovar". Ou seja: na falta de capacidade ou de vontade de fazer boa propaganda, propaganda de qualidade (o que, obviamente, na nossa opinião passa obrigatoriamente por inovação, criatividade, excelência na execução e excitação do pessoal interno de uma agencia de propaganda) o que ele faz - oficialmente - é nos colocar na posição de meninos traquinas, revoltadinhos de plantão, criativos irresponsáveis que querem brincar com o dinheiro dos clientes, enquanto ele finge que é Jack Welch, Warren Buffet ou Armínio Fraga.

Nizan não sabe mais quem ele é. Ele é publicitário mas quer fingir que é analista econômico. Foi criativo mas gostaria mesmo era de ser dono da Ambev. Tem um business microscópico mas arrota ares de colega de turma de um Jorge Gerdau. Mas eu sei quem é Nizan. É um demagogo.

Ele sabe bem que o discurso do tradicionalismo, do conservadorismo, da mediocridade, da pasteurização, agrada em cheio a uma imensa gama de bundões de plantão que preferem demitir do que investir. Preferem temer do que empreender, preferem dividir os prejuízos, já que nos lucros ele posa com a esposa em sandálias de 3.200 reais em seu apartamento em Paris. Preferem disseminar o caos, porque a alegria dos bons momentos ele rega com champagne em festas particulares com celebridades estéreis e etéreas de ultima hora.

Na publicidade, que afinal é o meu negócio, embora sempre que eu fale nisso ele ache que o assunto está infantil demais (lembrem-se, ele é um business man) ele sabe também que há bundões prontos a gastar mais para contratar uma meia dúzia de artistas famosos, cantando um jingle com uma logomarca formada por funcionários da empresa, do que se "arriscarem" a criar um posicionamento de verdade, uma linguagem proprietária, um estilo único e próprio.

Na visão desse chupa-sangue de plantão, ele está certo. Tanto que acerta duas vezes com uma mesma tacada: acalenta os desejos mais primitivos de um ou outro cliente cagão e ainda fatura muito mais em cima do trouxa que tem que enfiar todo o dinheiro do mundo para ser ouvido/visto/lembrado com uma bobajada cheia de clichês e formulinhas baratas, que definitivamente não sobreviveriam a um plano de mídia comprado com poucos recursos. De quebra, ele ainda usa todo o seu arsenal de repetidores e baba-ovos da imprensa e arredores para confirmar que um monte de estrume na verdade é um pote de ouro. E o bobo alegre que aprovou e pagou pela campanha, acha que fez a coisa certa de novo.

Reis nus. Que se sentem vestidos com o melhor da tecnologia e design da indústria textil. E eu, daqui do alto da minha inocência, só vejo que eles têm pênis pequenos.

Não é à toa que ele está tão preocupado com a crise de liquidez que todos vamos enfrentar nos próximos tempos. Ele sabe que o dinheiro, quanto mais valioso e raro fica, melhor tem que ser aplicado. E, com menos dinheiro, é a inteligência o que a propaganda vai voltar a exigir. Quanto mais economizarmos, compensados por uma mensagem forte e memorável, mais eficientes seremos para os nossos clientes. Ninguém lembra de um amigo medíocre que fala pouco, alguns até se recordam de um amigo chato que fala muito, mas todos sentem saudades do amigo genial que falava coisas legais. Ou seja: o modelo de negócio dele desmoronou. A festa acabou para quem não passava de vendedor de um montão de espaço na mídia e começou para quem tem o Que e o Como dizer nesse espaço, que será inevitavelmente menor. E isso ele não sabe fazer.

Isso foi o que suscitou o nosso duelo na última quinta feira. Ao contrário do que ele ainda tentou fazer alguns crerem, eu não estava discutindo sobre o ofício da criação ou sobre "leões em Cannes". Ao contrário do que ele fingiu que estava acontecendo, a nossa discussão não era sobre a criatividadezinha e os sonhos dos seus pequenos criadores.

Nós discutíamos sim era sobre uma questão que, apesar de tudo, ele mesmo ainda tem senso crítico suficiente para entender, mesmo que intimamente isso seja altamente doloroso, já que foi o que um dia ele mesmo já tanto defendera. Nós estávamos discutindo caráter. Porque, ao contrário dos que não oferecem o melhor para os seus clientes por falta de recursos, talento, ferramental, essa mediocrização a que ele está submetendo as agencias controladas por ele é um esforço premeditado para esvaziar toda e qualquer possibilidade de que o discurso dos que fazem melhor, com mais interesse, mais cuidado, mais compromisso e mais responsabilidade se reestabeleça.

O trabalho que as agencias do Nizan faz, a maneira como ele trata seus funcionários, as propostas comerciais indecorosas que elas oferecem aos seus clientes, não seriam um problema tão grande se não fosse o fato, como eu já disse, de que o discurso que o embasa é avassaladoramente mais potente que o que nós e outros poucos como nós, conseguimos rebater daqui. Quando alguém vende a alma ao demônio isso deixa de ser um problema exclusivamente dele quando esse alguém vai à Caras, à Exame e à Veja para convencer a todos de que vender a alma é o certo. E o que aconteceu de bom no final de tudo isso? Na minha opinião, várias coisas.

A primeira é que muitos agora viram que o que ele diz não é uma verdade. É uma opinião viciada, interesseira e oportunista. E não é a opinião do resto do mercado.

Segundo, é que outros que pensam como nós entenderam que ele pode e deve ser confrontado.

Terceiro, é que se definiram claramente os discursos e as práticas no dia a dia. Agora, já pode-se começar a entender que mediocridade e mesmice são apenas uma opção e, tanto são uma opção, que têm um lugar (ou um grupo) certo onde podem ser solicitadas. Mas existem sim outras opções e nós estamos na ponta entre as agencias de propaganda latu-sensu que oferecem essa opção.

Quarto, é que sempre é bom ver os que se fazem de bonzinhos e corretos finalmente mostrando as suas garras e suas verdadeiras motivações.

Naquele mesmo dia à tarde o Nizan me telefonou aqui na agencia. Como eu não o atendi, deixou, literalmente, o seguinte recado com a Sueli: "Diga ao Fábio que ele é viado, frouxo, que ele me bate em público mas se ele for homem que telefone para mim!" Disse também, mais tarde, em um jantar com pessoas que me conhecem que "Eu só não bati em Fábio Fernandes porque ele estava maquiado - e eu não bato em homem maquiado".

Para os que não entenderam o enigma (como eu, que fui perguntar a uma pessoa que o conhece) ele acha que eu... passo lápis nos olhos. Sim, acreditem. Alguém, inclusive, já o ouviu relatando que alguém lhe contou que uma certa vez, sob a chuva, o lápis dos meus olhos borrou e eu corri para colocar os óculos escuros.... :-)))))
Inacreditável, mas é a mais pura verdade. Foi a esse ponto que esse sujeito chegou.

Por isso mesmo eu resolvi escrever a todos vocês sobre isso. Porque o que eu tenho a dizer sobre ele é bem pior do que seria se ele apenas usasse lápis para ressaltar os seus lindos olhos. O que eu tenho a dizer sobre ele é claro, verdadeiro, profundo e cabal. Fico feliz de não me maquiar, mas não teria problema nenhum em admití-lo se, ainda que absurdo, isso fosse verdade. O duro para ele deve ser ouvir o que eu penso - e que a cada dia mais gente vem me dizer que foi bom eu dizê-lo porque é o que quase todo mundo pensa - e, mesmo sendo a mais aguda verdade, não poder admití-lo. Porque é revelador, comprometedor e devastador.

O rei está nu. E eu sei que ele não é de nada.

Fabio Fernandes
F/NAZCA SAATCHI & SAATCHI "

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Da propaganda à nostalgia!

Quem nunca lembrou do passado e pensou "eu era feliz e não sabia"? Em qualquer lugar, com qualquer grupo de amigos a gente "olha" para trás e lembra daqueles momentos únicos que jamais voltarão. Chega a ser engraçado relembrar as brincadeiras e inclusive as propagandas que marcaram nossa época, como: "pipoca na panela começa a arrebentar..", ou então aquela dos bichinhos da parmalat que até hoje a gente sabe cantar com a maior alegria no coração e o inesquecível comercial da Laka onde dois adolescentes se beijam com uma ar puro e inocente. A partir daí já era. A nostalgia começa a tomar conta da sua conversa e principalmente da sua cabeça. Quem com seus 20 e poucos anos não se lembra de jogos como cara-a-cara, pula pirata, aquaplay, pogoball, banco imobiliário, jogo da vida e war? Lembro-me que eu passava horas e horas do meu dia brincando na rua de pique-pega, pique-esconde, pique-bandeira e queimada. Aliás, se existe alguma palavra que pode definir a minha infância é "pique".
Mas voltando à questão publicitária... eu sei que quando esses comerciais passavam na televisão eu apenas sorria e cantava. Pra mim não era importante saber quantas horas a criação ficou pensando para fazer a propaganda, ou até mesmo como a produção conseguiu filmar diversas pipocas estourando... pois o que eu queria mesmo era curtir a propaganda. Hoje a minha vida gira em torno de analisar propagandas, de fato não por obrigação, mas sim por ter se tornado força do hábito.
Uma vez eu li que para você aprender, você tem que observar. E isso é o que eu mais tenho feito durante o meu curso de publicidade, algumas valendo nota para a faculdade e todas valendo um aprendizado para mim. E hoje, eu já não vejo a publicidade mais como um entretenimento e sim como uma profissão que tem um objetivo a ser cumprido de forma criativa e excepcional.
Meu olhar ingênuo se tornou crítico... e foi então que eu percebi que, aproveitar uma propaganda é mais gostoso do que enumerar as suas falhas.
Só espero que algum dia eu consiga criar propagandas que proporcionem às crianças a felicidade que um dia eu senti.
Segue abaixo as três propagandas citadas no meu texto. Divirtam-se!!

GUARANÁ ANTARTICA - ANOS 90

BICHINHOS PARMALAT - ANOS 90

LAKA ME DÁ UM BEIJO - ANOS 90

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ilusão desiludida!!!

Certo dia, em um churrasco de aniversário, conversei com um amigo meu que já é formado na área de publicidade. Conversa vai, conversa vem.. e durante os argumentos do meu amigo em relação à profissão de publicitário, acabei me desiludindo um pouco com a área e pensei que talvez meu futuro não seria tão promissor quanto eu esperava. De acordo com ele, formado há quase 3 anos e desempregado, me disse que hoje conseguir emprego na publicidade era uma árdua batalha e que seu mercado estava se tornando cada vez mais saturado e com menos vagas para nós iniciantes.

Naquela mesma noite, com a cabeça no travesseiro botei o cérebro para funcionar. Enquanto olhava pro teto, pensei nas milhares possibilidades de emprego em algum outro setor divergente ao que venho estudado. Porém, durante 2 anos da minha vida, cada dia que se passa eu me apaixono mais e mais pela publicidade e não seria justo comigo mesma desistir tão fácil daquilo que tanto vem me fascinando. Então decidi que eu deveria ao menos me arriscar, para não acabar me arrependendo futuramente. Sei que o mercado publicitário está se tornando cada vez mais competitivo e que hoje não basta você ser mais um, você tem que ser o melhor! E quem sabe se você criar excelentes propagandas, você possa chegar a ser tão conhecido e tão bem pago quanto o Washington Olivetto e Nizan Guanaes. Enquanto isso, preocupe-se em estar sempre se atualizando, se informando, e acima de tudo buscando conhecimento (pois isso nunca é demais).

Hoje, minha ilusão de que a publicidade são só flores foi destruída. Para nós estudantes, muitas verdades são omitidas e somente através de terceiros que acabamos vendo a dura realidade da vida de um publicitário, mas não é por isso que desgostamos desse trabalho deslumbrante.

Portanto, ao ler o livro "TUDO O QUE VOCÊ NÃO QUERIA SABER SOBRE PROPAGANDA / As verdades da profissão que poucos ensinam" escrito em 2004, por Newton Cesar, ele mostra para o leitor o cotidiano de uma empresa de publicidade. Cita-se: o salário desejado por todos, mas que poucos possuem; que a publicidade é subjetiva, você pode adorar a sua campanha, mas seu cliente odiar; que o seu maior cliente será a gaveta, pois essa irá conter todas as suas peças previamente recusadas; que o importante não é construir campanhas com o objetivo de ganhar prêmios, e sim de criar um trabalho bem feito para satisfazer seu cliente. É uma contradição muito interessante, pois ao mesmo tempo em que você sonha com um emprego em alguma agência, você é realista e permanece com os "pés no chão".

Mas a publicidade é assim: ou você a ama, ou você a odeia.
Então se você a ama, prepare-se para ficar acordado até tarde, não fazer todas as refeições, dormir apenas 3 horas por noite e principalmente perder alguns fios de cabelo enquanto o restante embranquece.

Agora sei que não é atoa que ela se encontra no topo do ranking das profissões mais estressantes.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

"Alô, alô, W/Brasil"

Para quem não sabe, a música "W/Brasil" do compositor/cantor Jorge Ben Jor é uma homenagem à agência de publicidade W/Brasil do irreverente Washington Olivetto. Uma das agências mais conhecidas do Brasil e mais premiadas do mundo, já contou com sua festa de 10 anos exibida em rede nacional, já teve um cd gravado pela Warner Records com as músicas dos comerciais e em 2005 lançou a biografia "Na Toca dos Leões" escrita por Fernando Morais.

Vídeo da W/Brasil com trechos de suas propagandas e com a música do Jorge Ben.

Espero que tenham gostado..

Mais informações sobre o tema no site www.wbrasil.com.br